sábado, 14 de fevereiro de 2009

Estudantes da UM passam em média oito horas por semana nos videojogos


Usam os videojogos para se divertir e para passar o tempo. Sentem-se seduzidos pelas possibilidades de interacção – quer na sua dimensão competitiva ou de convívio com os outros – e de entretenimento que estes jogos permitem. Acreditam que os videojogos estimulam a capacidade de decisão, a agilidade mental, os reflexos, a atenção e a imaginação. Passam em média quase oito horas por semana nesta actividade.

Este é o retrato da prática de videojogos por parte dos estudantes da Universidade do Minho (UM) traçado por Sofia Oliveira, no âmbito de uma tese de mestrado em Ciências da Comunicação. A investigadora aplicou, entre 11 e 20 de Dezembro de 2006, um questionário a 133 alunos jogadores da academia minhota, para proceder ao estudo dos usos, motivações e percepções acerca dos jogos online.

Os estudantes a quem foi aplicado o questionário estavam inscritos em 18 cursos de licenciatura no ano lectivo 2006/2007, sendo 80,92 por cento do sexo masculino e 19,08 por cento do sexo feminino. A idade situava-se entre os 17 e 30 anos, sendo que 65 por cento da amostra tinha entre 18 e 21 anos. A média de idades dos inquiridos era de 20,9 anos.

O estudo revela que os jogadores começaram a jogar videojogos offline por volta dos 9 anos e jogos online por volta dos 17 anos, sendo que quanto mais cedo se inicia a prática dos videojogos mais cedo se experimenta o jogar online. O primeiro contacto com os videojogos é com jogos offline e só mais tarde é que se joga online. No entanto, quem começa a jogar offline por volta dos 10 anos, também começa a jogar online por volta da mesma idade. Aproximadamente 32 por cento dos inquiridos preferem jogar online, embora 71,43 por cento o façam regularmente.

A média do número de horas de prática dos videojogos é de 7,92 horas por semana. Dos inquiridos, 38,64 por cento jogam em média menos de 3 horas por semana, 35,61 por cento jogam 8 ou mais horas por semana e 25,76 por cento jogam entre 4 e 7 horas por semana. Há, no entanto, muitos jogadores a jogar menos de 3 horas por semana e outros a jogar mais de 8 horas por semana. Os 18 e 20 anos são as idades em que os jogadores passam mais horas a jogar e a partir destas idades a frequência de jogo diminui.

Os alunos que jogam mais horas por semana são os da área de ciências exactas, que jogam em média 9,89 horas por semana, ao passo que os de ciências sociais e humanas jogam 5,57. «Estes resultados podem ficar a dever-se ao facto de os alunos de ciências exactas terem tradicionalmente uma maior sensibilidade para o uso das tecnologias», justifica Sofia Oliveira.

Em relação ao suporte utilizado, 92,5 por cento dos inquiridos assumiram jogar em computador, 42,9 por cento em consolas, 19 por cento em telemóveis e apenas 9 por cento nas máquinas das salas de jogo. Os inquiridos que jogam mais horas por semana são os que jogam em consolas (8,79 horas). Seguem-se os que jogam computador (8,20 horas), os que jogam em máquinas (7,08 horas), e, por fim, os que jogam menos horas são os jogadores que jogam em telemóveis (4 horas).

«O uso do computador poderá estar relacionado com o facto de ser mais fácil obter jogos de forma ilegal e também pelo facto de os estudantes utilizarem o computador para outros fins», explicita a autora da investigação.

Sofia Oliveira salienta, contudo, que o facto de os jogadores que jogam mais horas semanalmente serem os que utilizam consolas poder indicar que, «provavelmente, os melhores jogos estão nas consolas e também que os artefactos tecnológicos (comandos, luvas, capacetes) são mais sofisticados».

A investigadora acrescenta que «o uso do telemóvel para a prática do videojogo, tendo em conta a baixa frequência, acontece ocasionalmente, ou seja, por norma não se joga em telemóveis. Provavelmente, enquanto se espera por uma aula, pelo transporte público ou em outras situações similares é que ocorre a prática do videojogo em telemóvel».

Em relação ao modo de jogar, «habitualmente, poucos são os jogadores que optam por jogar acompanhados a priori (12,20 por cento nos computadores, 19,30 por cento nas consolas e 16,67 por cento nas máquinas), no entanto esta modalidade pode ser alterada em função do jogo.

[Publicado no Diário do Minho, de 10 de Fevereiro de 2009]


Foto retirada daqui

2 comentários:

Anónimo disse...

A culpa é dos jornalistas...

" Nuno Alpoim é vice-presidente da Câmara de Braga desde Dezembro de 1999. Foi vogal do Conselho de Administração do jornal regional ‘Correio do Minho’, da Escola Profissional de Braga e ainda da Bragahabit até 2002 Nuno Alpoim é vice-presidente da Câmara de Braga desde Dezembro de 1999. Foi vogal do Conselho de Administração do jornal regional ‘Correio do Minho’, da Escola Profissional de Braga e ainda da Bragahabit até 2002
16 Fevereiro 2009 - 02h04
Património: Casas, carros e barcos entre os bens do vereador
'Vice' de Mesquita Machado é milionário
Nuno Alpoim, 45 anos, é o número dois de Mesquita Machado na Câmara Municipal de Braga há quase uma década. Apesar de ter declarado um rendimento global a rondar os 404 mil euros, no espaço entre 1992 e 2002 possuía casas, carros e até três barcos de recreio registados no porto de Esposende. Uma vida de luxo que não espelhava as declarações de IRS.


Fique a saber tudo na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.

Pedro Morgado disse...

Só 8 horas???