O meu dia informativo começou às 2h20 de ontem, com uma SMS a dizer que Lisboa estava a arder. Espreitei na televisão e o incêndio estava a dar em directo. Seria claramente um dos temas do dia, a permitir até algumas preciosidades, que é obrigatório ver.
Depois de almoço, também em directo, ouvi uma conferência de imprensa sobre os imbróglios do futebol português e fiquei muito enjoada. Por mais que os jornalistas se esforçassem, a questão continuava tudo menos clara.
À noite, ainda prosseguia o efeito de contágio entre os órgãos de comunicação social provocado pela descoberta de um projecto de investigação da Universidade do Minho sobre a violência nas relações de intimidade dos jovens (DM, 30/06/08).
Ao serão, tive tempo para ler com calma o texto de uma jornalista que ficou grávida, decidiu fazer um aborto e depois contar a sua “estória” com o pseudónimo de Maria Morena, na edição desta semana da Notícias Sábado. Não resisti a pôr no Trio de Rachar as perguntas que o caso me suscita.
No início de mais um dia informativo lembrei-me do já batido de “Quien Muere” (aqui em versão em Português e atribuído a outro autor....).
2 comentários:
Amiga, sobre a noticia da jornalista que engravidou e optou por um aborto, sei que já conversamos sobre isso, mas algo mais quero acrescentar: como jornalista muitas vezes apetece contar as inúmeras situações que se vive e merecem ser denúnciadas publicamente, mas há uma coisa que fica acima de tudo, até mesmo em primeiro lugar das amizades nalgumas situações, e falo daquilo que é ao mesmo tempo um dever e um direito, ou seja, a deontologia da profissão que para imensos jornalistas parece andar esquecida... Entre a "prostituição" dos limites que se criam barreiras artificiais entre o que é jornalismo e o relato de situações pessoais (apesar de serem situações vividas por imensos - por isso, quase público) há também a "prostituição" dos limites que levam outros a escolher beneficios "colaterais" pela publicação de determinadas noticias. Neste caso concreto, ficaria pelo primeiro exemplo de "prostituição" jornalística, pois haveria mais... muito mais a dizer.
Desculpa, mas essas notícias nada são comparadas com a celulite de Nereida Gallardo! Isso, sim, é notícia (e das boas!)!
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