Reflexões em torno da comunicação, nas suas mais variadas formas, e não só. Um exercício de cidadania. Por uma jornalista, que será sempre a culpada. Pelo menos por aqui...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Big Brother consentido
«Queixamo-nos do controlo, da devassa da intimidade nas fronteiras dos aeroportos, das câmaras de filmar nas estradas. Queixamo-nos de que somos controlados.
Mas somos os mesmos que depois abrimos ainda mais a porta de casa a contar a vida em blogues, a deixar a marca da hora a que passamos por aqui, a trocar comentários que muitas vezes revelam intimidade, e cujo backup não sabemos onde fica, e que nos expomos nos Hi5 e Facebook's desta vida, e nos deixamos levar pelo entusiasmo de uma discussão acalorada ou mesmo, quantas vezes, o começo de uma paixão, e “falamos” no messenger como se mais ninguém pudesse “ouvir”.
De uma vez por todas, é melhor começar a admitir que escancaramos a vida diariamente porque é assim que ela é vivida nos tempos em que vivemos».
A porta aberta
Pedro Rolo Duarte
[Imagem retirada daqui]
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1 comentário:
É verdade. O isolamento e o anonimato das cidades modernas acabaria por asfixiar as sociedades. E esta é uma forma, ainda algo protegida, de nos expormos novamente. É quase um regresso às "ilhas".
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