Reflexões em torno da comunicação, nas suas mais variadas formas, e não só. Um exercício de cidadania. Por uma jornalista, que será sempre a culpada. Pelo menos por aqui...
domingo, 27 de janeiro de 2008
Potencial para mais
Juntamente com o meu colega de trabalho Avelino Lima, tive oportunidade de conhecer recantos da região Minho que, apesar de ser minhota, nem suspeitava existirem.
No âmbito do suplemento “Lugares”, do jornal Diário do Minho, percorremos caminhos intransitáveis, encontrámos vestígios arqueológicos sem sinalização e falámos com pessoas que tinham “estórias” fabulosas para contar.
Quando, agora, percorro a região constato que ainda muito pouco mudou e que há um gigantesco trabalho a fazer para promover as nossas imensas potencialidades. Numa altura em que a competição é global, não nos podemos dar ao luxo de continuar a apostar no improviso e no desenrasca. A atitude tem de ser cada vez mais profissional.
O que se verifica é que a maior parte dos concelhos comunicam mal as riquezas que possuem. O trabalho dos gabinetes de comunicação é, muitas vezes, para consumo interno: assegurar os votos que vão dar a reeleição ao partido/equipa que está no poder.
Que outra leitura pode ter que um gabinete de imprensa, comunicação ou imagem, como se lhe quiser chamar, opte por enviar pela enésima vez para as redacções a fotografia do presidente da Câmara Municipal em pose oficial quando se está a falar de um local de uma beleza ímpar?
Lamento a reformulação das regiões de turismo porque sou contra o centralismo, seja a favor de Lisboa, do Porto ou de outro lado qualquer. No entanto, não posso concordar quando se diz que o Minho vai desaparecer, porque, na verdade, ele já não existe como região única. Pode ser que este abanão sirva para mostrar que enquanto todos continuarem a ralhar dentro de portas, ninguém no exterior vai ouvir a sua voz. O Minho tem potencial para mais...
(Artigo publicado no Diário do Minho, 16/1/2008)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário