segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Pressões têm aumentado

O director do ComUM, Rui Passos Rocha, refere que «a evolução claramente positiva» do projecto ao longo dos últimos dois anos «tem acarretado um aumento da pressão externa, nomeadamente dos órgãos da UM».

Este responsável diz que tem havido «as pressões normais em jornalismo». «Após uma entrevista a um elemento de um desses órgãos administrativos, ele ou alguém da sua equipa contacta-nos ou diz a pessoas do projecto de forma informal que não se deveria ter escrito sobre x ou y. Ou pior, elementos que já pertenceram a órgãos desses dizem-nos: “Não vão por aí. Escutem o que eu digo”», exemplifica.

O dirigente diz que «isso acaba por ser bom», porque os membros da equipa sentem «o peso da responsabilidade». «Nunca, nunca mesmo, deixaremos de noticiar seja o que for porque a pessoa ou a colectividade x ou y não o deseja», assevera.

As pressões não são, porém, as principais dificuldades do projecto. «A única dificuldade é mesmo o tempo. Temos uma redacção maioritariamente composta por alunos do 1.º ciclo do curso, que têm de complementar o trabalho para o ComUM com as aulas e os trabalhos que vão surgindo. Isso sim, é complicado», afirma.

O director sublinha o «elevado apreço pelo trabalho desenvolvido pelos três chefes de redacção do ComUM, que têm de coordenar os agendamentos ao longo da semana porque é necessário substituir uma pessoa que deixa de poder ir, nem que para “tapar o buraco” tenha de ir o próprio chefe de redacção. Isto, aliado à edição diária, resulta numa elevada carga de trabalho».

O aluno de mestrado diz que o facto de «não poderem fazer tudo o que programam», quer porque «alguns não podem, quer porque não têm meios financeiros para isso», é o principal ponto fraco do projecto. Em relação ao ponto forte, destaca «uma vontade inabalável de, no bom sentido, abalar a UM, o espírito de equipa e a vontade de aprender».

Rui Passos Rocha acredita que este é um projecto sustentável, capaz de sobreviver à entrada e saída de alunos. «Desde o surgimento do projecto, alguns alunos já saíram – a grande maioria após terminar o curso –, mas o saldo tem sido claramente positivo, pois entram mais estudantes do que os que saem», afirma.

Para além disso, este responsável assegura que o ComUM tem «trabalhado no sentido de se renovar ano após ano, integrando anualmente alunos dos primeiros anos do curso que procuram o projecto de livre vontade e que são integrados de forma ponderada». «Acredito que o ComUM vai manter-se, pelo menos online, no próximo ano», sublinha.

16/12/2007 (data de publicação)

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