segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Alunos da UM querem demonstrar que é possível fazer bom jornalismo


Edição impressa do ComUM vai juntar-se em Fevereiro ao “online”

Os alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (UM) querem mostrar, através do projecto ComUM, que é possível fazer jornalismo de qualidade, seja em que suporte for. «A actual direcção do ComUM tem uma meta bem traçada: ressuscitar a ideia generalizada de que Ciências da Comunicação da UM produz bons profissionais. No nosso entender, essa ideia tem-se esvaído nos últimos anos», afirma o director, Rui Passos Rocha.

O título “Comum” surgiu, em 1994, como jornal, passou depois a revista e acabou por desaparecer. Ressuscitou em 2005, na Internet, como Comum Online. Na passada quarta-feira, completou o segundo aniversário de trabalho na “net”. Agora, chama-se ComUM, está em www.comumonline.com e tem como centro das atenções a academia minhota e a região onde ela se insere. O projecto prevê, a par do online, o lançamento em Fevereiro de uma edição semanal impressa.

Rui Passos Rocha explica que a equipa do ComUM sente que «há uma grande disparidade no que diz respeito à qualidade dos jornais que há na UM e o seu número de leitores». «Acreditamos que é hora de gerar concorrência forte a jornais que, segundo entendemos, não têm a nossa qualidade jornalística e que estão presos, atados, nos calcanhares», declara.

A edição impressa vai ser feita pela mesma equipa de mais de 50 estudantes que assegura o online. «Vamos continuar a apostar no online e faremos com que este seja, ao mesmo tempo, um espaço aberto ao debate de ideias e um local importante para aguçar o apetite para a leitura do impresso. Não faremos do online um repositório. Teremos notícias exclusivas no impresso e no online. Haverá notícias em ambos, embora menos elaboradas no online, e haverá secções novas no impresso que não terão lugar no online», adianta.

Este aluno do Mestrado em Ciências da Comunicação «gostava» que o multimédia fosse um dos “cavalos de batalha” do projecto, mas «infelizmente» a equipa não tem «pessoas e conhecimentos suficientes para que isso aconteça». «O multimédia não tem, neste momento, uma função central no jornal, mas também não é um mero espaço de entretenimento. Queremos melhorá-lo cada vez mais», afirma.

O estudante refere que «o ComUM foi definido primordialmente como uma oficina de jornalismo, um espaço onde se podia praticar a escrita jornalística: os títulos, os leads, a pirâmide invertida, a língua portuguesa, etc.». Só que, entretanto, a fasquia foi colocada mais alto. «Acreditamos que temos qualidade suficiente para avançar para o meio impresso. Queremos provar isso. Depois, veremos qual é o jornal que mais se amontoa nos vários complexos da UM: se é o ComUM ou se é um — ou ambos – dos outros dois que já existem, ainda que esse não seja, claro, o único factor para a aferição da qualidade de um jornal», diz.

«Sentimos que é altura de mostrar àqueles que trabalham ou estudam na UM que o bom jornalismo está de volta ao papel, por isso mesmo vamos lançar-nos nesse suporte», frisa.

16/12/2007 (data de publicação)

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