domingo, 30 de agosto de 2009

Importa-se de responder?

Ao responder a determinados inquéritos fico com a certeza de que os resultados devem ser olhados com algumas reservas.

Há poucos dias respondi a um questionário telefónico de 20 minutos «sobre bancos». A entrevistadora, com a habitual falsa simpatia, foi fazendo alguns comentários às minhas respostas, como por exemplo [mais palavra menos palavra]: «exactamente, nos dias que correm a confiança é muito importante no relacionamento com um banco»; «é um banco muito conhecido, é para lá que é transferido o meu ordenado» ou «vemos, de facto, muita publicidade na televisão».

A determinada altura pediu-me para eleger apenas um banco e para explicar a razão da eleição. «Escolho o banco x porque isto é inquérito e porque me estão a pedir que eu faça uma escolha», foi a justificação que tentei dar, mas que a entrevistadora entendeu como sendo uma falta de respeito em relação ao seu trabalho. Eu não estava a ser jocosa. Era apenas a verdade, que não constava entre as categorias disponíveis para resposta.

Pelo que me tenho apercebido, a obrigatoriedade de dar respostas é também um dos problemas de alguns inquéritos on-line. Já preenchi vários questionários que não permitiam avançar deixando uma pergunta por responder. Ora, não havendo uma categoria do género “Não sabe”, “Não responde”, “Não aplicável”, estão a obrigar quem está a responder a inventar uma resposta, adulterando os resultados. Questão de somenos? Não me parece se o objectivo é sermos rigorosos...

1 comentário:

M. disse...

Estavas a ser jocosa, estavas!