Reflexões em torno da comunicação, nas suas mais variadas formas, e não só. Um exercício de cidadania. Por uma jornalista, que será sempre a culpada. Pelo menos por aqui...
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Naturalmente...
Depois de ter lido e ouvido alguns comentários, descobri que afinal a culpa pela prestação dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos (dentro e fora da competição) é dos jornalistas. Pois claro!
Eu escrevi “prestação” sem adjectivar. O resto é o Pedro que acrescenta.
De qualquer forma, sim, há jornalistas que são uns malvados. Imagine-se que, apesar de também gostarem de estar na caminha pela manhã, levantam-se para fazer o seu trabalho...
Neste caso, o seu trabalho é dar conta dos resultados, é colocar questões e transmitir as respostas que as pessoas lhes dão, é lembrar metas que até nem foram traçadas por eles, é fazer contas ao dinheiro público que é gasto, é enquadrar os resultados no contexto da prática desportiva...
É curioso que os jornalistas sejam frequentemente criticados por não problematizarem as questões. E que, paradoxalmente, sejam criticados quando problematizam...
Por outro lado, verifica-se que por vezes são atribuídas aos jornalistas afirmações que são feitas por comentadores, metendo-se tudo no mesmo saco.
A questão da cobertura de eventos desportivos é muito interessante do ponto de vista de análise do trabalho dos meios de comunicação social. Certamente que estes Jogos Olímpicos darão “pano para mangas”.
Agora a culpa é da comunicação social? Há casos e casos...e Pequim não foi um deles. Certamente que não vi/li todas as notícias sobre os J.O., mas acompanhei muitas e não me parece nada correcto culpabilizar os transmissores da mensagem. O que me parece é que para a grande maioria dos cidadãos é, no entanto, mais fácil... e menos vergonhoso. Vá se lá entender porquê...
5 comentários:
Há aqui um equívoco, cara Luísa. Os jornalistas não são responsáveis pela prestação, mas sim pela imagem de "má prestação" que foi criada...
Afinal, depois de tanta crítica e comentário jornalístico, estes foram os MELHORES OLÍMPICOS DE SEMPRE para Portugal.
Caro Pedro,
Eu escrevi “prestação” sem adjectivar. O resto é o Pedro que acrescenta.
De qualquer forma, sim, há jornalistas que são uns malvados. Imagine-se que, apesar de também gostarem de estar na caminha pela manhã, levantam-se para fazer o seu trabalho...
Neste caso, o seu trabalho é dar conta dos resultados, é colocar questões e transmitir as respostas que as pessoas lhes dão, é lembrar metas que até nem foram traçadas por eles, é fazer contas ao dinheiro público que é gasto, é enquadrar os resultados no contexto da prática desportiva...
É curioso que os jornalistas sejam frequentemente criticados por não problematizarem as questões. E que, paradoxalmente, sejam criticados quando problematizam...
Por outro lado, verifica-se que por vezes são atribuídas aos jornalistas afirmações que são feitas por comentadores, metendo-se tudo no mesmo saco.
A questão da cobertura de eventos desportivos é muito interessante do ponto de vista de análise do trabalho dos meios de comunicação social. Certamente que estes Jogos Olímpicos darão “pano para mangas”.
Peço desculpa, mas o que eu vi nas televisões não foi problematizar mas sim opinar e fazer opinião.
O que eu tenho visto são sobretudo os directos noite fora e os comentários parecem-me de muito bom nível.
Agora a culpa é da comunicação social? Há casos e casos...e Pequim não foi um deles. Certamente que não vi/li todas as notícias sobre os J.O., mas acompanhei muitas e não me parece nada correcto culpabilizar os transmissores da mensagem. O que me parece é que para a grande maioria dos cidadãos é, no entanto, mais fácil... e menos vergonhoso. Vá se lá entender porquê...
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