Igor foi o nome que a Sociedade Protectora dos Animais de Guimarães deu a um rotweiller ferido, que terá sido usado em lutas de cães. Vale a pena ler o comunicado na íntegra.
«É mais uma história arrepiante: a Sociedade Protectora dos Animais de Guimarães recolheu, na passada semana, um animal gravemente ferido ao nível da boca – e que, ao que tudo indica, terá sido usado em lutas de cães.
Igor – foi esse o nome que os voluntários SPA escolheram para o sofrido animal – é um rotweiller de grande porte atlético, mas, ainda assim, incrivelmente meigo. A sua vida, até este dia, não terá sido, certamente, nada agradável. E, para isso, a sua responsabilidade terá sido pouco menos que nula.
Rosário Pereira, a presidente da Sociedade, conta, na primeira pessoa, toda a história. Um enredo a que é impossível ficar imune.
"Este lindo rotweiller foi encontrado na passada quarta-feira, abandonado e com o maxilar e a língua desfeitos do lado direito da face, provavelmente resultante de lutas de cães. Mesmo em grande sofrimento, o Igor aceitou a nossa ajuda sem receio e demonstrando logo uma grande meiguice. Foi visto pelos veterinários sem se queixar – apesar do seu sofrimento – e tem de ser submetido a uma cirurgia para reconstituição do maxilar."
Necessidade urgente, sim. E não apenas pela urgência de que se reveste qualquer operação deste tipo. Há um aspecto que traz, ainda mais, a sombra da premência a esta chocante história. É, mais uma vez, Rosário Pereira, com o peso de uma dor indisfarçável, quem o apresenta. "O que é ainda mais dramático é o facto de ele estar muito magro. As suas dores são imensas ao nível da boca – e por isso não consegue alimentar-se convenientemente". Terrível cenário – a necessitar de medidas. E o mais rapidamente possível.
Esta situação – apenas mais uma a juntar às muitas, um pouco por todo o país, já conhecidas e expostas publicamente – traz, mais uma vez, à tona a problemática das lutas de cães, combates em que os animais são levados até ao extremo das suas forças e da sua resistência. E que acabam por terminar, mesmo, em algumas ocasiões, com a morte de um deles. É, aliás, em muitos dos casos, esse o almejo deste tipo de batalhas.
É fulcral, por outro lado, colocar a tónica, também, sobre a legislação nesta matéria: muito pouco é feito para acabar de vez com estes eventos, que ocorrem, na esmagadora maioria dos casos, em zonas onde o policiamento é praticamente nulo (nos, assim denominados, bairros problemáticos). Há, isso parece indubitável, muito a fazer – muito caminho a percorrer. Assim haja vontade de, efectivamente, o trilhar.
Para mais informações sobre o caso de Igor e de outros animais necessitados – bem como para dados sobre como contribuir com adopções e/ou donativos –, bastará visitar o blogue e o sítio online.
SPA-Guimarães
Guimarães, 19 de Maio de 2008»
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