Reflexões em torno da comunicação, nas suas mais variadas formas, e não só. Um exercício de cidadania. Por uma jornalista, que será sempre a culpada. Pelo menos por aqui...
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
É Natal nas televisões...
Apesar de estar mais por casa nesta época do ano do que é habitual, continuo sem vontade de ligar a televisão. Atida aos quatro canais dos “pobres”, ontem lá fui espreitar a programação de Natal. E continua isso mesmo, programação de Natal, desde os filmes até à informação.
Os noticiários são um calvário. A estrutura dos telejornais da 20h00 da noite de Natal repete-se ano após ano: os mortos na estrada, os directos dos centros comerciais por causa das compras de última hora (quem andou pelo Colombo teve direito a aparecer em mais do que um canal), os gastos com os presentes, a contagem das calorias da gastronomia natalícia, a ceia dos sem abrigo, as festas vistas pelos que têm de estar a trabalhar e depois umas noticiazinhas para encher o resto da emissão.
Depois do Natal lá virá a passagem de ano, também com as mesmas notícias de sempre: os mortos na estrada, a ocupação hoteleira, o bebé do ano... Pelo meio, tal como no Verão, se não houver motivo de notícia, vamos gramar com uma “estória” qualquer explorada até à exaustão. Oxalá não seja a de mais uma criança vítima da confusão dos adultos (pais biológicos e adoptivos ou afectivos) e das trapalhadas do sistema de justiça. Já estamos fartos de casos em que os jornalistas atropelam todas as regras, desde o Código Deontológico ao mais elementar bom senso. Já não há paciência que aguente.
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