


Os noticiários são um calvário. A estrutura dos telejornais da 20h00 da noite de Natal repete-se ano após ano: os mortos na estrada, os directos dos centros comerciais por causa das compras de última hora (quem andou pelo Colombo teve direito a aparecer em mais do que um canal), os gastos com os presentes, a contagem das calorias da gastronomia natalícia, a ceia dos sem abrigo, as festas vistas pelos que têm de estar a trabalhar e depois umas noticiazinhas para encher o resto da emissão.
Depois do Natal lá virá a passagem de ano, também com as mesmas notícias de sempre: os mortos na estrada, a ocupação hoteleira, o bebé do ano... Pelo meio, tal como no Verão, se não houver motivo de notícia, vamos gramar com uma “estória” qualquer explorada até à exaustão. Oxalá não seja a de mais uma criança vítima da confusão dos adultos (pais biológicos e adoptivos ou afectivos) e das trapalhadas do sistema de justiça. Já estamos fartos de casos em que os jornalistas atropelam todas as regras, desde o Código Deontológico ao mais elementar bom senso. Já não há paciência que aguente.
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